domingo, 5 de junho de 2011

Sinhá

sinhá disse que não quer panela de barro
quer cheiro de alecrim nos pano da cama
qué flô fresca na janela
mandô os nego andá de camisa e cravo
cobriu os pé e os cabelo das mucama
meteu o dedo no bolo, mandô botá mais canela...
Proibiu inté os tambô pras nega dançá
Mas me pidiu pra jogá os búzio que iscondo na saia.
Joguei, vi um ômi bunito, cheio de rosa nas mão
Vi vestido branco, rabo atrás, chuvendo arroz
Vi anel, buxo cheio, cama de casá...
Vi um monte de bacurizim rodando pela casa,
mexendo nas minhas panela,
sujando as ropa que botei pra quará...
Vi um monte de fio branco de sinhá,
de ôio azul que nem o pai
mas que nas noite de chuva, quando os raio alumia o quarto,
corre tudo pros mamá da nega-véia , chorando
os mesmo peito que vai dá leite pros fio branco de sinhá...
os mesmo fio do amor da preta...os fio branco de sinhá

Nenhum comentário:

Postar um comentário